Ser dono do próprio negócio é a meta de vida de várias pessoas. Mas independentemente do tamanho ou da área de atuação, o cálculo para abrir empresa é fundamental para ter expectativas realistas, traçando metas e objetivos viáveis.
O boletim do primeiro quadrimestre de 2024 do Mapa de Empresas do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte mostra que foram abertas 1.456.958 empresas entre janeiro e abril. O número significa 26,5% a mais do que o último quadrimestre de 2023 e 9,2% na comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado.
Porém, os mesmos dados mostram que 854.150 empresas foram fechadas, o que é 24,4% a mais do que no último quadrimestre de 2023 – e um aumento de 15,5% em relação aos quatro primeiros meses do ano passado.
A diferença entre qual grupo você vai estar mais adiante pode estar no cálculo para abrir empresa. Um bom planejamento estratégico é a chave para o sucesso no mercado.
Leia este artigo até o fim para conhecer o passo a passo para fazer essa conta e alavanque seus sonhos com a Zignet!
Investimento inicial
Não basta ter um CNPJ para chamar uma empresa de sua. O investimento inicial precisa ser muito bem calculado, porque os gastos são significativos e você deve contar também com um capital de giro.
No cálculo para abrir uma empresa, veja em qual categoria ela vai se encaixar: Microempreendedor Individual (MEI), Empresário Individual (EI), Sociedade Limitada (Ltda.), Sociedade Simples (SS), Sociedade Anônima (SA) ou Sociedade Limitada Unipessoal (SLU).
Cada uma tem suas especificidades e pode ou se enquadrar em um ou mais regimes tributários, o que deve ser analisado junto com um contador. Então lembre-se de incluir este profissional e os impostos no investimento inicial. E há ainda os gastos com consultas, registros e licenças.
Além disso, dependendo do ramo do negócio, pode haver necessidade de alugar imóvel, fazer reforma, comprar equipamentos, ter um espaço para o estoque, contratar serviço de frete ou frota etc.
E ainda contabilize os gastos com os colaboradores, como salários, encargos trabalhistas, uniformes etc.
Capital de giro: o que é sua importância
Como falamos anteriormente, o capital de giro é um ponto que precisa ser muito bem definido no cálculo para abrir uma empresa. Ele é composto pelos recursos (dinheiro, crédito, estoques etc.) necessários para garantir a liquidez do negócio, ou seja, que a sua empresa se mantenha em funcionamento.
Mas evite começar seus negócios contraindo empréstimos, porque você ainda não conhece a realidade do mercado na prática e pode não render o suficiente para pagar suas dívidas e ainda manter seus negócios.
Tenha em mente que, de acordo com o Sebrae, uma empresa leva em média 33 meses para começar a ter lucro, ou seja, 2 anos e 9 meses. Isto significa que este é o tempo em que você deverá gerar renda apenas para cobrir seus gastos, por isso ter um capital de giro bem planejado é fundamental.
O capital de giro deve ser suficiente para iniciar suas atividades com todos os custos iniciais, garantir a oferta de financiamento aos clientes (nas vendas a prazo), a manutenção dos estoques, o pagamento de fornecedores, impostos, salários e demais custos e despesas operacionais.
Como calcular o capital de giro
O capital de giro é a diferença entre os recursos disponíveis em caixa e a soma das despesas e contas a pagar. Por isso, para fazer o seu cálculo é muito importante ter um bom planejamento com gastos detalhados a curto, médio e longo prazos.
Veja como calcular:
- Capital de Giro = Ativo Circulante – Passivo Circulante.
Circulante são todos os ativos que tenham liquidez. Ou seja, tudo o que a empresa possui em suas reservas ou que possa gerar dinheiro a curto prazo: desde dinheiro em caixa e nas contas bancárias, até estoques, recebíveis e rendimentos que possam ser resgatados.
Já o passivo circulante são as despesas que a empresa precisa arcar em períodos regulares. São os gastos com insumos, fornecedores, encargos trabalhistas, impostos, contas de consumo e qualquer outros custos fixos e variáveis indispensáveis para que a empresa se mantenha operando.
Assim, quanto maior for o capital de giro, maior será o período em que a empresa terá sustentabilidade financeira sem precisar fazer novos negócios.
Atenção ao fluxo de caixa
Um cálculo preciso do fluxo de caixa é vital para a saúde financeira dos negócios. Ele é um indicador financeiro do volume de dinheiro que entra e sai da empresa em determinado período de tempo, fundamental para que você entenda a capacidade financeira de investir, pagar suas contas e lidar com despesas emergenciais.
O processo de cálculo do fluxo de caixa é simples e pode ser feito por sistemas automatizados ou planilhas.
Para calcular o fluxo de caixa operacional, basta anotar todas as receitas e despesas, somar todas as receitas e somar todos os gastos, e subtrair o valor dos gastos do total de receitas.
O fluxo de caixa operacional considera apenas movimentações relacionadas à atividade-fim da empresa. Isso significa que investimentos recebidos, pagamentos de linhas de crédito e outros valores do tipo não são considerados.
Ele é o básico para fazer o cálculo para abrir uma empresa, mas há vários outros tipos que podem ser usados ao longo da gestão, como o direto, indireto, projetado, livre e descontado.
Precificação de produtos e serviços
A precificação de produtos e serviços é uma ferramenta poderosa para alavancar seus negócios. Quando feita da forma correta, é possível elaborar estratégias mais assertivas nas mais diferentes áreas, impactando diretamente a sustentabilidade financeira a longo prazo.
Por outro lado, ajuda no posicionamento adequado do negócio no mercado, atraindo o público-alvo desejado e fortalecendo a marca.
Assim, a precificação é muito mais do que estabelecer um preço e uma margem de lucro. É preciso entender todos os custos operacionais, como frete, salários, matéria-prima, compra e manutenção de máquinas e equipamentos, impostos etc. E além de cobrir estas despesas, o cálculo deve incluir também o lucro.
Outro ponto-chave é a percepção de valor dos clientes sobre seu produto ou serviço. O preço é apenas uma etiqueta numérica, sendo determinado por fatores tangíveis como demanda, custos de produção e concorrência.
Já o valor é determinado por aspectos emocionais e psicológicos: estilo de vida, conexão com a marca, história por trás do produto e experiência com a solução.
A análise de concorrência também é essencial para uma precificação bem sucedida. Afinal, não faz sentido cobrar um preço mais alto se se o seu produto ou serviço tem um valor percebido semelhante ao do seu concorrente. Porém se essa percepção é de um produto similar, mas considerado superior, manter o preço um pouco acima da média é justificável.
Capacitação técnica
Não esqueça que um dos grandes ativos de uma empresa é o seu capital humano. Por isso, o investimento em capacitação técnica é crucial para que você entenda o que está fazendo nas mais diversas áreas de qualquer negócio. E os custos devem estar planejados no cálculo para abrir empresa.
Há vários níveis de capacitação que podem ser explorados e que agregam valor aos seus serviços ou produtos, porque permitem uma visão mais ampla do mercado e das novidades tecnológicas que impactam sua produção.
Planeje também o incentivo à educação continuada e o desenvolvimento de habilidades de seus colaboradores. Programas de capacitação técnica, workshops, cursos e oficinas devem entrar no cálculo para abrir uma empresa.
Conte com a Zignet para fazer a gestão do seu negócio
Como você viu, para fazer o cálculo para abrir uma empresa no Brasil é preciso considerar diversos fatores, entre capital de giro, investimentos iniciais, impostos, salários, estoque etc.
Mas com a Zignet fica muito mais fácil manter as contas em ordem e quitar dívidas pendentes. Você pode fazer o parcelamento de impostos, boletos e taxas em até 12X pelo cartão de crédito sem impactar o orçamento nem o fluxo de caixa.
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Paulo Loffreda é um empreendedor e investidor atuante nos cenários empresariais do Brasil e dos Estados Unidos. Fundador e sócio da ZIGNET Instituição de Pagamento em São Paulo, lidera a inovação na tecnologia financeira. Além disso, como fundador e sócio da PlusA Real Estate Development em Orlando, destaca-se em investimentos e desenvolvimentos imobiliários nos EUA. Foi sócio fundador da Planvale Benefícios adquirida pelo UP Group e como fundador e ex-presidente nacional da CEBRASSE – Central Brasileira do Setor de Serviços, sua trajetória é marcada por contribuições significativas para o setor empresarial brasileiro.