Lembra-se quando você foi ao mercado e comprou 3 pacotes de feijão, por um determinado valor, mas poucos dias depois só conseguiu levar 2 unidades, pela mesma quantia? Esse fenômeno inflacionário não é algo novo no Brasil.
Para se ter uma ideia, de acordo com levantamento realizado pelo Portal G1, a volatilidade e aumento de preços vividos no país na década de 80 (1980 e 1989), levou a um aumento de inflação de 203,55%.
Passadas mais algumas décadas, enfrentamos novamente uma escalada dos preços. Desde o início da pandemia de COVID-19 o poder de compra dos brasileiros vem sendo penalizado. Para se ter uma ideia, em abril de 2022, no acumulado dos últimos 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 12,13%.
A taxa inflacionária no Brasil está acima da média de vários países com economia sólida. E como se não bastasse, as previsões dos economistas projetam que os brasileiros vão perder ainda mais poder de compra nos próximos meses.
Como medida para tentar controlar a inflação, no dia 04 de maio de 2022, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, reajustou a taxa básica de juros, a Selic, para 12,75% ao ano.
Se de um lado o governo tenta controlar sem sucesso a inflação, do outro há uma economia que vem sofrendo para se ajustar à demanda pós COVID-19. No meio disso tudo fica o consumidor e a seguinte dúvida: Quais as causas dessa volatilidade, e como se proteger em um cenário com tantas incertezas econômicas?
Quais são as principais causas da inflação?
No Brasil, a inflação é medida por diversos índices de preços, entre eles estão o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
O atual aumento da inflação, somado às incertezas do cenário econômico, desencadeiam um efeito de menor estímulo aos investimentos do setor privado. Ademais, os custos de produção sobem e impactam toda a cadeia de suprimentos. Por exemplo, com o aumento da energia elétrica, todos os serviços também elevam os preços, fazendo com que o consumidor precise pagar um valor maior.
De acordo com o Banco Central, as principais causas da inflação são:
- Pressões de demanda – A relação do aumento do poder de compra da população versus a capacidade da economia de atender esse aumento. Há também os cenários em que há aumento da demanda, mas sem necessariamente aumento do poder de compra.
- Pressões de custos – A pressão de custo está atrelada ao aumento de preços de insumos para produção de bens, produtos e serviços que reflete diretamente no preço final;
- Inércia inflacionária – A inércia inflacionária é o processo de reajuste de preços, baseado nas inflações passadas, refletindo nos preços atuais;
- Expectativas de inflação – Condizem com as informações de relevância que podem ser utilizadas como suporte para tomada de decisão.
Como se proteger da inflação alta ?
Em meio a um cenário econômico incerto, é fundamental tomar algumas medidas para priorizar e garantir o acesso aos itens essenciais de consumo, além de proteger o patrimônio da desvalorização da moeda e juros altos.
1 – Orçamento zero
Repensar as despesas básicas e essenciais para a sobrevivência é fundamental. Colocar na ponta do lápis despesas como o local em que se mora, analisando se é possível encontrar alguma opção mais próxima do trabalho, por exemplo, pode ajudá-lo a avaliar se é possível renegociar o contrato de locação ou se é melhor mudar de residência.
Outro ponto que pode fazer diferença no fim do mês é otimizar os gastos fixos com energia. É recomendável utilizar equipamentos com o selo Procel A, além de lâmpadas LED, que tendem a consumir menos.
Analise se há gastos desnecessários com a alimentação. Aqui vale a máxima do “desembrulhe menos e descasque mais”. Faça cortes em itens que não sejam fundamentais, avalie se é mais vantajoso e saudável cozinhar em casa do que comer fora.
2 – Opte pela renegociação de dívidas
Com o aumento da inflação, o Banco Central precisa fazer ajustes nas taxas de juros. Com isso, o montante devido cresce à medida que o devedor deixar de pagar a dívida. Ao renegociar os valores é possível conseguir prazos maiores de pagamento, redução das taxas e parcelas, além de outras flexibilidades.
Contudo, cuidado para não comprometer todo orçamento para o pagamento da renegociação. Faça uma proposta que esteja dentro das suas condições financeiras para que você possa efetuar o pagamento no prazo.
3 – Faça um bom planejamento financeiro
A realização de um planejamento financeiro é fundamental, podendo ser o ponto crucial que colocará suas contas no azul. É possível realizar o planejamento financeiro mesmo durante a quitação dos débitos.
Considere também não depender somente de uma fonte de renda. Ao investir na sua independência, através da sua qualificação, é possível encurtar o caminho até uma melhor condição financeira. Em momentos de crise você pode se preparar e aproveitar as novas demandas que surgem. Pense em como você pode agregar valor ao mercado.
Considere também uma análise detalhada dos seguintes pontos:
- Todas as entradas recebidas (fontes de renda);
- Gastos fixos;
- Despesas que podem ser diminuídas ou cortadas;
- Despesas variáveis;
- Metas e objetivos financeiros;
- Valor necessário para montar uma reserva de emergência;
- Quantia que será investido todo mês;
- Valor destinado ao fundo de aposentadoria.
4 – Escolha investimentos atrelados à inflação
Procure separar uma quantia todos os meses para investimentos e reserva de emergência. Uma das formas de proteger o patrimônio financeiro da inflação alta é melhorar suas aplicações financeiras. As aplicações atreladas à inflação podem ser uma boa escolha. São ativos ligados a algum índice inflacionário. Caso a inflação esteja alta, o ativo usa esse indicador para valorizar o dinheiro investido e garantir o poder de compra.
Entre os ativos com rendimento maior que a inflação, estão os debêntures, LCI e LCA, fundos de investimentos e Tesouro IPCA. Contudo, se você não tem familiaridade com investimentos financeiros, informe-se e procure um especialista para conhecer os conceitos e processos básicos.
5 – Fuja da poupança
A poupança é um dos investimentos mais conhecidos pela população, porém, é uma aplicação financeira que não tem tido rendimento atrativo, principalmente no atual período de inflação alta. É cada vez mais comum a poupança render menos do que a inflação.
Os números não mentem, mesmo com os aumentos do CDI, os rendimentos reais dos últimos 12 meses estão nos menores índices históricos. De março de 2021 a fevereiro de 2022, por exemplo, o IPC aumentou 10,54%, já o CDI apenas 5,65%. Se analisarmos o rendimento total da poupança de 3,84%, descontada a inflação, o rendimento real foi de -6,06%.
Saiba como a Zignet pode ajudar você a colocar as contas em dia.
Colocar as contas em dia traz alívio financeiro e conforto emocional. Embora em algumas situações econômicas as contas possam ficar apertadas, via de regra é melhor ficar em dia com as despesas do que arcar com juros ainda maiores com eventuais inadimplências.
A ZIGNET é uma empresa que surgiu para facilitar e inovar a forma de parcelamento de débitos e boletos. O processo acontece por meio do cartão de crédito, e pode ser feito em até 12 vezes.
Acesse o site e conheça o serviço de parcelamento de boletos diversos. Se preferir, entre em contato conosco e tire suas dúvidas.
Quer saber mais sobre como melhorar o seu fluxo financeiro e 5 etapas simples para sair rapidamente das dívidas, continue sua leitura em nosso blog.