Você sabe o que é o adesivo anti-radar? Aproveite para saber o que a lei diz sobre ele e se é possível ser multado por usar o dispositivo!
Para coordenar e coibir abusos às leis de trânsito, foram instalados radares em várias ruas e estradas do país. Mas vários motoristas procuram burlar o sistema com o chamado adesivo anti-radar para que possam trafegar livremente acima do limite de velocidade sem serem penalizados.
Porém, além de antiético e perigoso para os demais motoristas e pedestres, a prática também é uma infração à lei.
Para saber o que é esse dispositivo e as penalidades às quais condutores e proprietários de veículos com adesivo anti-radar estão sujeitos, leia até o fim esse artigo exclusivo que a Zignet preparou para você!
O que é o adesivo anti-radar?
O adesivo anti-radar é um revestimento colocado sobre um ou mais caracteres da placa que dificulta a leitura da placa ao refletir a luz infravermelha emitida pelo radar eletrônico.
O adesivo pode ainda transformar um 3 em 8, por exemplo, modificando a placa do veículo e evitando que a multa chegue ao destinatário correto.
Há também o gel anti-radar, que é um produto que, aplicado diretamente na placa, forma uma película reflexiva que também impede a leitura infravermelha dos equipamentos de fiscalização.
Há ainda outros tipos de dispositivos anti-radar, como alguns equipamentos eletrônicos sensíveis às ondas de rádio emitidas pelos sensores de velocidade, o mesmo dos equipamentos usados pela polícia ou por ambulâncias.
Por outro lado, existem detectores de radar, equipamentos que identificam as ondas infravermelhas ou de rádio e alertam os motoristas com antecedência sobre a presença do radar. Dessa forma o condutor pode adequar a velocidade e evitar a multa sem interferir na leitura do radar, fixo ou móvel, como os dispositivos anti-radar.
Saiba como os radares funcionam
Os radares, por sua vez, funcionam através de ondas de rádio que têm um alcance de até 1 Km e podem autuar até 30 veículos por excesso de velocidade simultaneamente.
Porém, uma nova tecnologia já começa a ser utilizada, a LIDAR, que emite um feixe luminoso de laser, alcançando veículos a até 2,5 Km de distância.
Ambos os sistemas funcionam através do chamado Efeito Doppler, que é a emissão e a recepção de um sinal luminoso ou sonoro. Assim, o radar emite um sinal, que reflete no veículo e envia uma resposta de volta ao equipamento com uma nova frequência, mostrando a velocidade em que estava.
Usar dispositivo anti-radar é infração gravíssima
Usar o adesivo anti-radar ou qualquer outro dispositivo que tenha a mesma finalidade não demonstra apenas irresponsabilidade e falta de cuidado com si mesmo, seus passageiros e os próximos nas estradas. Na verdade, quem faz uso desses mecanismos está burlando a lei, ainda que não seja caracterizado como crime.
Conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) em seu artigo 230, inciso III, usar qualquer dispositivo anti-radar configura infração gravíssima, sujeita a multa de R$ 293,47 e 7 pontos na carteira de motorista — além de estar sujeito à remoção do veículo caso seja pego em uma blitz, por exemplo.
Contudo, vale lembrar que se o uso do adesivo anti-radar for feito para penalizar outro veículo, isso é considerado uma conduta criminosa que pode até mesmo levar à prisão.
Como e onde pagar a multa por usar adesivo anti-radar?
Se você foi pego usando qualquer adesivo, dispositivo, equipamento ou suporte eletrônico ou mecânico que impeça ou dificulte a leitura da placa pelo radar de excesso de velocidade e identificação e levou uma multa, o melhor é pagar o que é devido o mais rápido possível.
A infração é gravíssima e a multa é pesada, mas na Zignet você pode parcelar em até 12X no cartão de crédito e manter a regularidade do seu veículo. Afinal, seguir as leis de trânsito e obedecer aos limites de velocidade é colaborar para ruas e estradas mais seguras. E estar com seu veículo em dia é a única forma de rodar com tranquilidade em qualquer lugar do país.
Posso recorrer da multa?
O direito a recorrer da multa é garantido por lei. Portanto, se você considerar a infração injusta, houver dados errados ou incompletos no auto de infração, ou perceber a possibilidade de clonagem da placa, por exemplo, você tem 3 oportunidades para recurso.
A primeira delas é a Defesa Prévia, que deve ser feita em até 15 dias a partir do recebimento da Notificação de Autuação. Esse documento ainda não é a multa em si, mas sim uma forma de te deixar ciente da infração cometida.
A Defesa Prévia deve ser apresentada pelo condutor e entregue no órgão responsável pela autuação. Após a análise, se o recurso for aceito, a infração é arquivada. Caso contrário você vai receber o NIP (Notificação de Imposto de Penalidade) e tem mais 2 chances de recorrer.
A próxima é o recurso em primeira instância, uma defesa que deve ser melhor elaborada para aumentar as chances de ser aceita. Ela deve ser entregue juntamente com o NIP na JARI (Junta Administrativa de Recursos e Infrações) do órgão autuador após 30 dias de recebimento do NIP.
Se o recurso for novamente indeferido, a última chance é o recurso em segunda instância – e nessa fase o melhor é contratar um advogado especializado. O local de recurso varia conforme o órgão autuador e a defesa deve ser muito bem elaborada, por isso veja bem se realmente vale a pena.
Trafegue com tranquilidade e segurança
Melhor do que gastar dinheiro com adesivo anti-radar e ainda correr o risco de ser multado e ter o veículo apreendido, é obedecer os limites de velocidade em todos os trechos das estradas, mesmo naqueles que não houver radar.
Dessa forma você adota uma direção defensiva que garante a segurança de todos e evita gastos sem necessidade.
No Blog da Zignet você se mantém sempre bem informado sobre trânsito seguro e sabe tudo sobre multas e outros assuntos relacionados à documentação e manutenção do seu veículo.
E já que o assunto é segurança, aproveite para ficar por dentro de algumas dicas para dirigir à noite e boa viagem!