Como fazer corretamente o rodízio de pneus

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O bom motorista sabe que cuidar dos pneus é fundamental para a segurança e performance do carro. Mantê-los em bom estado melhora o desempenho do motor, garante maior aderência e até ajuda a economizar combustível.

Mas não se pode esquecer que os cuidados devem ir além da calibragem correta e da verificação dos sulcos. O rodízio de pneus também é um processo que precisa ser feito regularmente.

E você sabia que o rodízio de pneus também ajuda a otimizar seu investimento no carro dos seus sonhos? Quer saber por que e quando fazer?

Leia este artigo exclusivo da Zignet até o fim e descubra tudo sobre o assunto!

O que é o rodízio de pneus e por que ele é importante?

O rodízio de pneus não é um procedimento obrigatório, mas está na lista de recomendações da maioria dos fabricantes de automóveis. Mas o que é rodízio de pneus? 

Como o próprio nome já diz, é o procedimento de mudar a posição dos pneus, minimizando as diferenças entre os desgastes das rodas. Isso acontece porque na maioria dos automóveis, seja tradicionais, híbridos ou elétricos, o motor envia a tração gerada para apenas um dos eixos.

A maioria dos carros compactos e médios do Brasil, por exemplo, têm tração dianteira, por isso o desgaste dos pneus da frente é bem maior do que os de trás. 

Assim, a ideia é que todos os pneus tenham uma degradação o mais parecida possível – o que ajuda a aumentar sua vida útil. Então ao fazer a mudança entre os pneus, você otimiza seu uso, evitando que um ou dois ultrapassem mais rapidamente do que os demais a profundidade mínima de sulco aceitável, que é de 1,6mm.

Menos que isso, o pneu é considerado careca, se tornando um risco para a segurança no trânsito, porque aumenta o risco de aquaplanagem, a facilidade de derrapagens, a distância de frenagem etc.

E lembre-se que rodar com pneu careca também é uma infração grave, com multa de R$ 195,23 e 5 pontos na carteira, conforme o artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Quando fazer o rodízio de pneus?

Não há um padrão de quilometragem para fazer o rodízio de pneus, mas a maioria dos fabricantes indica intervalos de 5.000 a 10.000 quilômetros rodados – mesmo que não haja sinais visíveis de desgaste. 

De acordo com os especialistas, se o desgaste chegar a ser notado a olho nu é porque já até passou da hora de fazer o rodízio. Por isso, mesmo que você não note diferença nos pneus só de olhar, estabeleça uma quilometragem padrão para fazer o rodízio regularmente.

Mas, se notar que está havendo desgaste irregular em alguns pneus, não pense duas vezes. Leve o mais rápido possível a um mecânico de confiança e faça o rodízio. Mas se os sulcos estiverem abaixo de 1,6mm, não tem jeito: é hora de investir na segurança de pneus novos. 

Tipos de rodízio de pneus

Assim como não há um consenso acerca da quilometragem ideal, também não há uma forma certa ou melhor que outra para fazer o rodízio de pneus.

E há pelo menos três formas diferentes de fazer a troca de posição dos pneus.

Rodízio em veículos com tração dianteira

Como a tração dianteira é bastante comum no país, o cruzamento dianteiro é uma das formas de rodízio de pneus mais populares. 

Nesse tipo, os pneus que estão atrás vão para frente, porém com o lado invertido: o pneu traseiro direito vai para o lugar do dianteiro esquerdo e o traseiro esquerdo vai para o lugar do dianteiro direito.

Mas o cruzamento de posições não vale para os pneus dianteiros: eles vão para trás mantendo a posição original: dianteiro esquerdo no lugar do traseiro esquerdo e o dianteiro direito no lugar do traseiro direito.

Rodízio em veículos com tração traseira ou integral

Quando o carro tem tração traseira é o oposto do descrito acima: os pneus traseiros vão para frente em linha reta e os pneus dianteiros vão para trás de forma cruzada.

Já para os carros com tração 4×4, ou seja, nas quatro rodas, deve ser feito o chamado “rodízio em X”: o pneu esquerdo traseiro troca de lugar com o direito dianteiro e o pneu direito traseiro com o esquerdo dianteiro. Ou seja, todos os pneus trocam de eixo e de lado.

Mas atenção, veículos utilitários, de luxo ou esportivos, precisam seguir especificamente as orientações do manual do proprietário, já que há outros fatores impactantes que são determinados por suas características especiais.

Há veículos que utilizam medidas diferentes nos eixos dianteiro e traseiro. Nesse caso, o eixo deve permanecer o mesmo, fazendo rodízio apenas em relação ao lado: o pneu dianteiro passa para a esquerda, e o esquerdo passa para a direita, mas o eixo permanece o mesmo.

Pode haver, inclusive, orientação para que nenhum rodízio seja feito, o que deve ser respeitado.

Rodízio de pneus assimétricos e unidirecionais

A classificação de um pneu como simétrico, assimétrico ou unidirecional é feita de acordo com o desenho da banda de rodagem.

O pneu unidirecional é mais antigo e quase não é utilizado mais. São aqueles que têm ranhuras da banda em V simétricos. Nesse caso, o rodízio deve ser feito mantendo o mesmo lado, trocando apenas o eixo. E se forem assimétricos ou bidirecionais, a troca ocorre da mesma forma ou em X.

Rodízio com estepe

Quando o estepe entra no revezamento, o pneu novo deve substituir o dianteiro direito, independente se é do tipo assimétrico, bidirecional ou unidirecional.

Na troca dos pneus unidirecionais, o estepe deve ser colocado para rodar com o vértice apontando para o sentido de rotação do veículo. O pneu que estava no eixo dianteiro vai para o traseiro, que vira estepe, concluindo o rodízio.

Se quiser mudar o pneu do lado direito para o esquerdo, é preciso desmontar da roda para inverter o sentido da banda de rodagem.

Já nos bidirecionais ou assimétricos, o dianteiro direito novo pode tomar o lugar de qualquer outro pneu do veículo, desde que o traseiro esquerdo vá para o lugar do estepe quando a tração é dianteira. No caso de tração traseira, o que deve parar de rodar é o pneu traseiro direito, passando a ocupar o lugar do estepe.

Passo a passo para realizar o rodízio de pneus

A princípio o rodízio de pneus é um procedimento fácil, que pode ser feito em casa. Porém, depois do revezamento, é preciso fazer alinhamento e balanceamento do veículo, além de calibrar os pneus, especialmente quando há indicação de pressão diferente nos eixos dianteiro e traseiro. E, geralmente, isso precisa ser feito em uma mecânica especializada.

De qualquer forma, o processo, em si, é simples:

  • Levante o carro com o macaco, mas procure usar cavaletes de segurança para ganhar mais firmeza;
  • Remova os pneus e faça o revezamento de posição de acordo com o tipo de rodízio adequado ao veículo;
  • Aperte corretamente os parafusos das rodas após a troca e leve a uma oficina para fazer o alinhamento e balanceamento da direção.

Benefícios de fazer o rodízio de pneus corretamente

Antes de mais nada, é importante que o motorista entenda que o rodízio de pneus é um procedimento preventivo, e não corretivo. 

Veja alguns dos benefícios desse tipo de manutenção preventiva:

  • Economia – Ao prolongar a vida útil dos pneus, o rodízio evita a necessidade de substituições prematuras e custos desnecessários com aquisição de novos pneus. Por outro lado, pneus em bom estado melhoram a performance do carro, o que também significa menos desgastes das peças do motor e até economia de combustível;
  • Estabilidade e segurança – O rodízio de pneus ajuda a manter o veículo mais estável e seguro. O revezamento ajuda a evitar perdas de controle na direção, reduzindo o risco de acidentes por problemas nos pneus;
  • Desgaste uniforme – O rodízio de pneus ajuda a equilibrar a vida útil deles, evitando que se desgastem de forma desigual, o que também melhora a estabilidade do veículo;
  • Compensa falhas – O rodízio também ajuda a compensar falhas de calibragem, alinhamento e balanceamento, já que estes procedimentos precisam ser refeitos após o revezamento. 

Agora que você já sabe tudo sobre o rodízio de pneus, é hora de colocar mãos à obra! Mas não esqueça da documentação: multas, IPVA, taxas e seguros precisam estar em dia para evitar mais multas e penalidades.

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