TPMS: Como funciona o sensor de pressão nos pneus?

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Seu carro tem TPMS (Tire Pressure Monitoring System), o sistema de monitoramento da pressão dos pneus? A tecnologia aumenta a segurança e a eficiência dos pneus, mas é importante entender o seu funcionamento.

No artigo de hoje a Zignet vai explicar como esse sensor de pressão dos pneus funciona, a diferença entre os dois tipos de equipamento e os cuidados que você deve ter para mantê-lo funcionando.

Fique com a gente até o final e boa leitura!

O que é o TPMS?

Conhecido popularmente como sensor de pressão dos pneus, o TPMS (ou Tire Pressure Monitoring System em inglês) é um sistema que monitora em tempo real a calibragem dos pneus. 

Há dois tipos de tecnologia que, apesar de terem o mesmo objetivo, operam de forma diferente. Assim, basicamente o TPMS direto trabalha com sensores individuais em cada roda, provendo o motorista de leituras específicas de cada pneu.

Já o TPMS indireto realiza uma leitura do conjunto tendo como base o sistema de freios. 

Como funciona o TPMS?

Os dados coletados pelos sensores são enviados via radiofrequência para o painel de controle do carro. O TPMS pode vir montado de fábrica ou adicionado posteriormente. 

Os dois tipos de TPMS apresentam vantagens e desvantagens, mas para tomar a melhor decisão sobre qual deles é o melhor para o seu carro, é preciso entender como cada um funciona e quais as vantagens agregadas.

TPMS direto

Um deles é o TPMS direto, que faz o monitoramento com sensores individuais montados na região das válvulas. As informações são passadas para um módulo de controle que exibe os dados no painel do carro.

Assim, o motorista tem conhecimento em tempo real da pressão e, dependendo do equipamento, também da temperatura dos pneus. 

Se a pressão estiver abaixo do recomendado pelo fabricante, aparece um alerta visual no painel, geralmente em forma de uma exclamação amarela. Um sinal sonoro é emitido simultaneamente.

A recomendação é que a calibragem seja feita entre 15 e 20 dias para evitar desgaste prematuro.

Vantagens do TPMS:

  • Identifica perda de pressão em vários pneus ao mesmo tempo;
  • A medição é feita de forma individual em cada pneu;
  • Máximo de precisão em cada roda;
  • Aferimento em tempo real.

Desvantagens do TPMS direto:

  • Necessidade de informar à central eletrônica toda vez que houver troca de pneus para ressincronização, que pode ser cara. No entanto, já existem no mercado sistemas mais sofisticados que já conseguem detectar a  troca de lado no rodízio e atualizar o sistema automaticamente.  
  • Bateria com vida útil de 5 a 10 anos, ao fim dos quais o sistema inteiro precisa ser trocado;
  • Possível incompatibilidade com outros sistemas proprietários;
  • Alto custo de instalação e reposição;
  • Alto custo de manutenção.

TPMS indireto ou passivo

O segundo tipo é o TPMS indireto ou iTPMS, que não utiliza sensores individuais. Nesse caso, a tecnologia utiliza a rotação das rodas tendo como base os sistemas antitravamento dos freios, o ABS e/ou o controle eletrônico de estabilidade, o ESC.

Assim, quando um dos pneus gira mais rápido do que os outros em linha reta, o menor raio dinâmico do pneu vazio indica ao sistema que aquela unidade está trabalhando com a pressão menor do que os demais. Ou seja, pneus com pressão mais baixa têm diâmetro menor, por isso rodam mais rápido.

Vantagens do iTPMS:

  • Requer menos manutenção e programação; 
  • Custo de instalação mais baixo;
  • Mais barato do que o TPMS.

Desvantagens do TPMS indireto

  • Precisa que seja feito um reset do sistema depois de cada verificação de pressão para se manter funcionando corretamente;
  • Pode não detectar calibração errada dos quatro pneus;
  • Não mede a pressão absoluta;
  • Menos preciso.

Benefícios do TPMS para a segurança e manutenção do veículo

O sensor de pressão para pneus é uma importante ferramenta para a segurança dos carros. Manter a calibragem adequada dos pneus não só aumenta a segurança, como melhora a performance do motor e o consumo de combustível, evitando também o desgaste prematuro dos pneus.

Dessa forma, ao alertar sobre a baixa pressão dos pneus, o TPMS reduz os riscos de acidentes, melhorando o controle do carro e ainda a redução das emissões de gases poluentes, como o CO².

O que fazer quando o sensor indica baixa pressão?

A luz do TPMS acendeu e você não sabe o que fazer? É fácil, basta seguir para o posto de combustível mais próximo, verificar o estado dos pneus e calibrá-los.

Mas lembre-se, o ideal é calibrar os pneus quando estiverem frios, porque a temperatura influencia diretamente na pressão dos pneus. Assim, quando os pneus estão quentes, o ar dentro deles se expande, o que faz com que a pressão seja maior do que a real. É considerado um pneu frio aquele que não rodou mais do que 3 Km ou que está em temperatura ambiente parado há mais de duas horas.

Use então um compressor de ar para encher os pneus até atingir a pressão recomendada no manual do fabricante – e não esqueça de verificar também o estepe, que deve ficar com uma pressão de até 5 psi acima dos demais pneus. 

Mas há pelo menos três fatores que também podem fazer a luz do TPMS acender:

  • Falha no sistema. Se a luz do TPMS piscar por entre 30 e 90 segundos quando o carro liga e depois ficar acesa, o TPMS está com falha. É preciso ir a um mecânico especializado para detectar o problema;
  • Dano no sensor, o que pode acontecer se for trocado sem cuidado;
  • A bateria do sensor pode estar acabando. 

Manutenção e cuidados com o sistema TPMS

Mesmo com o TPMS, os especialistas recomendam verificar manualmente a pressão dos pneus para confirmar a leitura do sistema. Afinal, como vimos acima, a tecnologia pode apresentar falhas e também requer cuidados especiais e manutenção.

Um momento delicado é na hora de trocar os pneus, para que as ferramentas pesadas não danifiquem os sensores, que são bastante sensíveis.

Também é interessante providenciar uma limpeza regular, removendo sujeiras que podem interferir no seu funcionamento. E não esqueça de fazer uma boa inspeção visual periodicamente, verificando se não há danos, principalmente após algum impacto, condução em estrada esburacada etc.

As baterias, por outro lado, têm vida útil de 5 a 10 anos. Leituras inconsistentes e falhas são os primeiros sinais de que podem estar na época de serem substituídas.

Se você reparar que o TPMS não está funcionando corretamente, nunca leve a curiosos. Apenas uma assistência técnica especializada deve fazer o diagnóstico e reparo.

Quando o TPMS é obrigatório?

Em alguns países o TPMS é um sistema obrigatório. Nos Estados Unidos, por exemplo, ele deve vir de fábrica nos veículos fabricados após 2007 e, na Europa,  após 2014. A partir de julho deste ano, 2024, o TPMS passou a ser obrigatório também em todos os pneus de caminhões, ônibus e implementos na União Europeia.

No Brasil o TPMS ainda não é obrigatório, mas já está presente não só nos carros luxuosos, mas também em alguns modelos de entrada, como o Citroën C3, Renault Kwid e Fiat Mobi.

Lembre-se de que, mesmo sendo opcional, o TPMS é uma tecnologia que aumenta a segurança no trânsito, além de melhorar o desempenho do carro e o consumo de combustível. 

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