Categoria E da CNH: Guia completo dessa carteira de motorista

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Saiba tudo sobre a carteira de habilitação mais difícil de tirar e veja como ampliar seus horizontes profissionais com a CNH E!

Pelo menos 266 mil empresas de transporte de carga (ETCs) operam no mercado brasileiro de acordo com a pesquisa CNT – Perfil empresarial 2021. Neste mesmo ano, os empregos no setor cresceram 18,1%  segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). E, só no primeiro bimestre de 2023 já era 9,8% maior do que no mesmo período de 2022. Mas quem quer aproveitar todo esse crescimento como motorista precisa de um requisito indispensável: a CNH E.

Mas afinal, qual a diferença da CNH E para as outras categorias? O que faz ela ser obrigatória no transporte de cargas? Quais os outros nichos que precisam dessa categoria para atuar como motorista? 

Se você se interessou e quer saber, a Zignet traz todas as respostas ao longo do artigo. Leia até o fim e confira!

 

Definição da categoria E da CNH

A CNH E é a categoria da Carteira Nacional de Habilitação que autoriza a condução de veículos motorizados destinados ao transporte de carga cujo peso bruto total ultrapassa 3,5t, e/ou que são acoplados a um reboque, totalizando um peso bruto superior a 6t. 

Assim, essa categoria é obrigatória para motoristas que querem operar combinações de veículos, como caminhão-trator acoplado a reboque ou semirreboque – além dos utilizados no transporte de cargas.

Para muita gente, inclusive, essa é uma das categorias de carteira de motorista mais difíceis de conseguir – e há alguns requisitos específicos que o motorista precisa atender para conduzir esses tipos de veículos.

Qual a diferença entre a categoria E e as demais?

Embora a CNH E seja normalmente associada ao transporte de mercadorias em larga escala, ela permite que seu portador conduza também todos os veículos permitidos pelas categorias B, C e D.

Ou seja, quem tem a CNH E também pode dirigir caminhões articulados ou não, carretas, trens, bondes, locomotivas, máquinas agrícolas, ônibus, micro-ônibus, vans e todos os veículos para 8 ou mais passageiros, além da maior quantidade de automóveis.

Com isso, a CNH E se torna a carteira de motorista indispensável para quem quer se profissionalizar no ramo, expandindo as opções do motorista no mercado de trabalho. 

Já a CNH D dá direito à direção dos veículos permitidos nas categorias B e C e àqueles que podem levar mais de 8 passageiros, mas não é tão complexa quanto a E.

 

Pré-requisitos: quem pode tirar a CNH E?

Como já dissemos, a CNH E é considerada a categoria mais difícil dentre todas. Há alguns pré-requisitos que o candidato precisa preencher para se candidatar a ela.

Antes de mais nada, é preciso ter mais de 21 anos de pelo menos 1 ano de experiência com a CNH C ou D.

Além disso, o motorista não pode ter nenhuma multa grave ou gravíssima, nem ser reincidente em multa média nos últimos 12 meses.

Estando de acordo com esses critérios ele pode dar entrada no processo de obtenção da Carteira de habilitação, cumprindo então outras exigências. Veja quais são.

 

Processo de obtenção

Cumpriu as primeiras exigências para poder tirar a habilitação E? Então agora é a hora de começar o processo cumprindo outras obrigações que vão te tornar um profissional ainda mais capacitado para conduzir os veículos pesados e aumentar seu status no mercado de trabalho.

Veja o que é preciso fazer para tirar a CNH E:

 1. Documentação

O primeiro passo é escolher uma autoescola especializada em veículos pesados e levar a documentação exigida: um documento de identificação (RG, CNH ou Carteira Profissional); CNH C ou D, comprovante de residência. 

Se a CNH tiver sido expedida no sistema anterior ao Renach, ou seja, a carteira de motorista não tiver foto, é preciso apresentar também o CPF.

2. Treinamentos

Também é preciso passar por um treinamento especial para veículos pesados, no qual é composto por duas etapas. 

Uma delas é o curso teórico, com 45 horas/aula sobre direção defensiva, primeiros socorros, legislação de trânsito, noções básicas de mecânica, meio ambiente e cidadania. 

A outra etapa é composta por, no mínimo, 20 horas/aula do curso prático, onde o motorista aprende, efetivamente, a conduzir os veículos pesados. 

3. Exame médico, psicotécnico e toxicológico

Também é preciso passar por uma bateria de exames para avaliar aptidões físicas e mentais. Eles são bem simples e geralmente duram em torno de uma hora. Já o exame toxicológico é exigido nas categorias C, D e E da CNH e é capaz de detectar o uso de drogas em um período que pode variar entre 90 e 180 dias antes da coleta.

Esse exame é obrigatório desde a Lei Federal 13.103/2015 (Lei do Caminhoneiro ou Lei do Motorista) e desde 2017 é exigido também nas admissões e demissões de motoristas profissionais contratados pela CLT (Consolidação de Leis de Trabalho).

4. Provas

Há ainda as provas, necessárias para a obtenção da CNH E. A teórica é feita após as aulas teóricas, o agendamento geralmente pode ser feito online, no site do Detran do seu estado, mas é bom conferir porque cada um tem autonomia para modificar os processos.

E a prova prática é então a última etapa para ter sua CNH E em mãos. Nela é avaliado o conjunto de conhecimentos adquiridos nesse processo e como eles são aplicados na rua. O agendamento é feito pela própria autoescola e, geralmente, no mesmo veículo que você treinou.

A reprovação acontece imediatamente se o candidato cometer uma falta eliminatória ou se acumular 3 pontos em faltas no processo. 

 

Custos, validade e renovação

Os custos associados à taxa do Detran para a prova prática, aos exames, aos cursos e à emissão da nova CNH variam bastante conforme o estado. Em São Paulo, por exemplo, as taxas do Detran para tirar CNH somam em torno de R$ 500, já em Minas Gerais elas podem chegar a quase R$ 800. E, no Rio de Janeiro a taxa é única, já incluindo até o valor da CNH, ficando em torno de R$ 400.

Mas é preciso considerar ainda o preço da autoescola ou Centro de Formação de Condutores (CFC), então todo o processo pode variar entre R$ 2 mil e R$ 3 mil de acordo com a região do país.

Também é preciso ficar atento à validade da carteira. A CNH E tem a mesma validade das demais, que varia conforme a idade do condutor. Assim, para quem tem de 50 a 70 anos, a renovação é feita a cada 5 anos. Acima de 70 anos, a validade do documento passa a ser de três anos.

Lembre-se que para passar para a CNH E é preciso que a sua CNH C ou D esteja dentro do prazo de validade e ativa, ou seja, não pode estar suspensa nem bloqueada.

 

Benefícios de ter a CNH E

A CNH E confere um maior grau de profissionalismo ao condutor, além de constatar seu conhecimento específico para conduzir veículos pesados. Além disso, é capaz de abrir um leque muito maior de oportunidades profissionais, em diversos campos diferentes do setor de transporte de cargas que está em franca expansão.

Em caso de trabalho remunerado com transporte de carga, precisa constar na CNH?

Inclusive, no caso de trabalhar no promissor setor de transporte de carga, é preciso que exista uma anotação na CNH E de que o motorista exerce atividade remunerada (EAR).

 

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