Contratar um seguro automotivo é algo que certamente já passou pela cabeça de qualquer pessoa que tenha um carro, principalmente de quem tem esse veículo como instrumento de trabalho. Porém, na hora de pesquisar sobre o assunto, é comum aparecer outra opção: a proteção veicular.
Isso pode confundir aqueles que estão tendo seu primeiro contato com o mundo automotivo e ainda não entendem muito bem sobre o assunto. Pensando nisso, preparamos este artigo para explicar para você como funciona cada uma dessas opções, ressaltando suas diferenças e dando dicas sobre a confiabilidade das duas. Quer conferir tudo isso? Continue conosco!
Como funciona o seguro automotivo?
O seguro automotivo é oferecido por seguradoras, as quais são reguladas por uma autarquia federal, a Superintendência de Seguros Privados. A SUSEP é um órgão que autoriza, controla e fiscaliza o mercado de seguros no Brasil. Sendo assim, as empresas que fornecem o seguro automotivo são obrigadas a ter uma reserva técnica, que garante ao cliente o pagamento dos sinistros (eventos de danos, furto, roubo etc.) que constam no contrato.
Essas também são organizações que visam a lucro, o que, já adiantando, é diferente da proteção veicular e faz com que elas sejam mais caras no geral. Porém, uma vez que você contrata um seguro automotivo, a responsabilidade sobre os riscos é 100% da seguradora.
Como funciona a proteção veicular?
A proteção veicular funciona por meio de um sistema de rateio. Ou seja, é uma espécie de associação, em que os associados dispõem de um valor mensal para formar um único fundo para todos, o qual será utilizado quando um deles precisar por conta de algum evento. Quem regulariza e fiscaliza as associações é a Organização de Cooperativas Brasileiras (OCB).
Sendo assim, aqui, os integrantes dividem os riscos. Nesse sentido, caso a quantia do fundo não seja suficiente para cobrir algum dano, todos eles devem dividir o valor para cobrir o evento. Isso faz com que o associado não seja um mero cliente, tendo responsabilidades com o coletivo.
Quais as principais diferenças entre seguro automotivo e proteção veicular?
Primeiramente, uma questão que se sobressai é que o seguro automotivo oferece coberturas para danos materiais e pessoais — aos passageiros ou a terceiros. Já a proteção veicular, em sua maioria, não cobre danos às pessoas. Então, essa opção proporciona exclusivamente cobertura para danos materiais, tanto para veículos dos associados quanto para de terceiros.
Outra questão que diferencia o seguro automotivo da proteção veicular é que as seguradoras fazem uma análise de perfil do segurado, compilando uma série de informações dele, como:
- idade (verificando se é maior de 18 anos, por exemplo);
- endereço e condições da sua casa, da sua faculdade ou do seu trabalho (averiguando se esses locais têm garagem, se essa garagem tem portão eletrônico, se tem vigilância 24 horas etc.).
Todos esses pontos influenciarão no valor a ser pago pelo contratante. Além disso, as seguradoras se atentam a quem vai dirigir o carro, sendo que, em alguns casos, se houver algum sinistro e não for o contratante quem estiver dirigindo, o seguro não cobre o dano. Porém, há a opção de incluir mais de uma pessoa como segurada, o que também impactará o preço do seguro automotivo.
Por outro lado, no caso da proteção veicular, as associações só pedem o ano e o modelo do veículo. Além disso, não importa quem o dirige, podendo ser qualquer pessoa habilitada. Então, diferentemente do que ocorre nas seguradoras, esse fator não interfere na proteção do veículo.
Como saber se a proteção veicular é confiável?
Pelo fato de a proteção veicular não ser algo regulado pelo governo, muitas pessoas podem achar que se trata de algo ilegal. Porém, é importante saber que as associações que fornecem esse serviço são reguladas pelo Código Civil brasileiro. Assim, elas têm permissão para atuar, sem fins lucrativos.
Mas, apesar disso, é possível que surja a seguinte dúvida: será que a proteção veicular é segura? Isto é, será que você vai poder contar com ela em um momento de danos no seu carro, ou em casos de roubo e furto? Veja nossas dicas para ajudá-lo a decidir isso.
Verifique a reputação da associação/cooperativa de proteção veicular
Tanto as seguradoras quanto às cooperativas de proteção veicular podem causar problemas a você, se forem escolhidas de forma errada, deixando-o na mão. A nossa dica é sempre fazer uma pesquisa bem aprofundada sobre as empresas/entidades, a fim de que você não passe por isso.
Hoje em dia, essa é uma tarefa mais fácil, já que, se as associações apresentam algum tipo de desorganização ou até desonestidade, você nem precisa procurar muito para achar as reclamações correspondentes na internet.
Porém, um ponto a se considerar é que, além de as seguradoras serem fiscalizadas pelo governo, elas são reguladas pelo Código de Defesa do Consumidor, o que traz uma segurança maior nos casos em que a empresa não cumpre com seu dever, fazendo você receber sua indenização. Já se você está em alguma associação de proteção veicular, não há apoio do CDC.
Atente-se aos prazos de pagamento em caso de evento
O que é interessante de você saber se estiver considerando a proteção veicular é o prazo que as associações/cooperativas têm para pagar o associado em caso de ocorrência de algum evento que ela cobre. Assim, você terá embasamento para ir atrás de seus direitos.
Por lei, elas têm de 30 a 90 dias para efetuar esse pagamento — em caso de furto ou roubo, esse prazo começa a contar a partir do momento em que encontram o seu carro (algo que deve ser feito em até 30 dias).
Lembre-se de que as duas opções podem ser benéficas, tudo dependerá da escolha de uma empresa séria e comprometida e que atende a todas as necessidades que você tem.
Gostou de entender um pouco mais sobre o seguro automotivo e a proteção veicular?
Para mais informações, continue no nosso blog e veja artigos sobre como regularizar seu veículo e muito mais!